sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

UMA VISITA AGRADÁVEL

NO ANO DE 2009 FIZEMOS  UMA VISITA À PÁSCOA  GUADAGNIN BILIBIO, ELA FILHA DE ANDREA GUADAGNIN, CASADA COM  JOSÉ BILIBIO E FIZEMOS ESTA FOTO
D.PÁSCOA FALECEU RECENTEMENTE..

A FAMILIA MORELLO

Valentim Morello comprou em 17 de fevereiro de 1925  484.000m2 de terras , o que equivale a duas colonias , lotes rurais de numero 10 e 24, o que significa que a FAZENDA BOM RETIRO  foi dividida em lotes para a colonização, dependendo, se fosse na área marcada para o núcelo urbano os lotes eram menores, se fosse para a área rural cada lote equivalia a 242.000m2, ou seja uma colonia de terras.
-Valentim Morello  comprou para os cinco filhos, mas segundo informações de Lurdes Guadagnin Morello, só um dos filhos , João Morello mudou-se para Ciríaco.
-Valentim Morello teve cinco filhos homens: João, Luiz. Antonio, Giacomo e Angelo.Na pesquisa cartorial consta que ele  comprou estas    terras para os cinco filhos, constando ainda "menores".

João mudou-se para Ciríaco no ano d e1928, o que explica bem o procedimento dos migrantes:compravam a terra, vinham preparar o lugar, casa, plantação, depois iam buscar a familia.
-Valentim Morello teve ainda tres filhas : Ema, Joana e Luiza.

Quando João Morello veio morar em Ciríaco estava casado com Delciza Beltrame e tinha quatro filhos: Angela, Ermelinda, Miguelina, Artebila. Em Ciriaco  nasceram mais: Italina, Fiorello(hoje mora em Matelãndia, Paraná ) Elizeu , Fiorentina, Gema e Ezilio, que é casado com a informate Lurdes Guadagnin Morello.
Os que residem ainda hoje em Ciríaco:

.Ezilio casado com Lurdes Guadagnin
.Elizeu casado com angela Agador
.Gema casada com Armando Passari

.Italina e Elias Bristot já faleceram, mas ainda existem descendentes em Ciríaco
.Friorentina que se casou com Claudino   Berton(ele já falecido)
.Ermelinda que casou com Albino Domeneghini já são falecidos
.Angela que casou com Henrique Chinelli já são falecidos
.
Os que migraram para outros Estados do Brasil:

.o já mencionado Fiorello Morello, para Matelandia, Paraná- este casou-se com Adelina Alban, já falecida
.Miguelina que casou com Fiorindo Caron foram residir em Àgua Doce, Santa Catarina
.Artebilda que casou com Fiorindo Caron  tambem migraram para Água Doce, Santa Catarina
.
Na escritura pública constam algumas averbações:

.com o falecimento de Angelo Morello a parte da propriedade passou para a viúva Oliva Bristot
.Angelo Morello transferiu sua parte a seus herdeiros  no ano d e1950
.Luis ,Antonio e Giácomo tambem trasnferiram o equivalente a 96.800m2 , a parte  de cada um.
Ezilio Morello comprou   então as partes, o equivalente a  230.250m2 em 1968 e mais João Morello transferiu sua parte ao filho Ezilio Morello tambem em 1968.
Conforme entendemos nestas informações  como só JOÃO, FILHO DE VALENTIM VEIO MORAR EM CIRIACO A ÁREA QUE ELE HAVIA COMPRADO PARA OS CINCO FILHOS HOMENS FICOU PARA JOÃO, PAI DE EZILIO , QUE MORAM EM CIRÍACO.

Observamos que o costume dos primeiros imigrantes italianos e seus descendentes era de dar aos filhos homens uma área de terra quando se casassem e para filhas  mulheres apenas um "enxoval", pois era costume que o  chefe de familia , que provia o sustento deveria ter de onde tirar(a terra) e desobrigava o pai da noiva , ela apenas recebia o seu enxoval, que eram os artigos para a residencia, roupas de cama, louça, etc....

Hoje este costume está praticamente extinto e as mulheres tem sobre a propriedade da familia do pai, como é de direito, a mesma parte que toca aos filhos homens na divisão dos bens de familia.



Casa  que pertencia  a Elias Bristtot, casado com Italina Morello, onde hoje reside o filho do casal Vitassir Bristtot.

os duros anos de trabalho, basicamente tudo era "a braço" 

Esta página está aberta para maiores explicações ou informações da familia Brstott e Morello.  . 

AO LONGE, A PEQUENA E ACOLHEDORA CIDADE




terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A HISTÓRIA DAS FAMILIAS MORELLO E GUADAGNIN

INFORMAÇÃO:LURDES FERRAREZE GUADAGNIN-CIRÍACO-RS

Na época da colonização de Ciríaco , que começou efetivamente no ano de 1925 muitas familias  que residiam na antiga colonia, neste caso , os Guadagnin e os Morello compraram terras tambem para os filhos, pois como as familias iam ficando numerosas as terras já não bastavam para todos. 
Destas duas familias os que vieram em maior número de indivíduos foram os Guadagnin, cerca de 12 casais. Dos Morello apenas um filho, João, apesar que o Patriarca da familia Valentim Morello comprou terras para  cinco filhos, mas segundo informação só um dos filhos chamado João veio a se estabelecer na nova terra.

GIACOMO GUADAGNIN.

-Casado com Cecilia Morello, moravam em Alfredo Chaves , linha Aimoré.
-Tiveram 16 filhos :
.JUDITA
.HONORATA
.CAROLINA
.OZANA
.PÁSCOA
.HELENA
.FRANCISCA
.ROMANA
.ANDREA
.SERAFIM
.LUIZA
.TEREZA
.OTILIA
.JOSÉ
.JOÃO
.PEDRO
.LUIGI GIOVANNI

LUIGI GIOVANNI FOI MORAR EM NOVA PRATA
PEDRO FOI RESIDIR EM VILA FLORES(VERANÓPOLIS)
TEREZA FOI PARA SANTA CATARINA, COMO MUITOS DESCENDENTES DE IMIGRANTES, PARTIRAM PARA OUTROS ESTADOS DO BRASIL

E AQUI A GRANDE MIGRAÇÃO DESTA FAMILIA PARA CIRÍACO, CERCA DE 12 GUADAGNIN, CASADOS.

.SERAFIM CASADO COM GENEBRA BELTRAME
.HONORATA CASADA COM GUIDO BRISTOT
.CAROLILA CASADA COM LUIZ SIMIONI
.OZANA CASADA COM LUIZ BERTON
.PÁSCOA CASADA COM EUGENIO DIDONÉ(CONHECIDO COMO NENO CRUDO)
.HELENA CASADA  COM JULIO DIDONÉ
.FRANCISCA ROMANA CASADA COM JOÃO BERTON
.ANDREA CASADO COM ROMANA DALAGNOL
.LUIZA CASADA COM PEDRO ZAMBOTTO
.OTILIA CASADA COM PEDRO DIDONÉ
.JOSÉ CASADO COM OTTILIA FERRAREZE(MINHA PRIMA) FILHA DE CEZIRA FERRI FERRAREZE E ANGELO FERRAREZE- CEZIRA ERA A FILHA MAIS FELHA DE CELESTE GIOVANNI FERRI E PIERINA CECCHIN FERRI
.JOÃO CASADO COM ELVIRA MONTEMEZO

SEGUNDO INFORMAÇÃO DE LURDES  GUADAGNIN MORELLO OS PRIMEIROS A CHEGAR A CIRÍACO FORAM SERAFIM GUADAGNIN E ANDREA GUADAGNIN
seguindo a tradição Lurdes e Exilio Morello fizeram uma foto de familia com os dois filhos do casal

 Pela pesquisa feita em cartório encontramos uma escritura lavrada em  6 de fevereiro de 1928, da compra de 242.000 m2(1 colonia) comprada por GIACOMO GUADAGNIN para o filho SERAFIM GUADAGNIN, JUSTAMENTE UM DOS PRIMEIROS GUADAGNIN A CHEGAR EM CIRÍACO.
Esta área pertecia ao grupo de alemães que eram proprietários de 100 colonias de terras de cultura, em algumas escrituras a denominação do lugar é "Ciríaco, em outras Bom Retiro, mas é a mesma área de terra.
A escritura pública foi lavrada em 18 de fevereiro d e1928 e o valor pago foi de UM CONTO E QUINHENTOS MIL RÉIS.
No livro que conta a História da familia Guadagnin, a autora FIRLEIA G.RADIN cita que, como a terra em Ciríaco    era considerada barata Giacomo Guadagnin foi comprando terras para os filhos durante diversos anos.
De fato, a familia Guadagnin se define como a que chegou com o maior  número de individuos já casados  para  povoar a nova terra.
Era como uma nova emigração, pois tudo estava por fazer, mas com a garra dos descendentes de italianos logo tudo foi se transformando em um protótipo da antiga colonia de onde haviam saido, usos e costumes, tudo era trazido para o novo LAR.  

AS FAMILIAS DE VALENTIM MORELLO E GIÁCOMO GUADAGNIN




JOSÉ E OTTILIA FERRAREZE

As fotos  tiradas , verdadeiras relíquias de familia. era costume os casais terem uma foto oficial, geralmente feitas em treges de festa e as feições eram sempre formais. Estas fotos  são do acervo de Lurdes Guadagnin Morello, filha de uma prima , Otilia Ferrareze Guadagnin. 


João Morello e Delciza Beltrame

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O DESTINO INCERTO DOS IMIGRANTES

Imigrantes ESTA FICHA ESTÁ NO ARQUIVO PUBLICO DE MINAS GERAIS E MOSTRA A ENTRADA DA FAMILIA DE CARLO SEGANFREDO E GIOVANA COM SEUS PAIS E FILHOS QUANDO ENTRARAM NA HOSPEDARIA DOS IMIGRANTES  E DEPOIS FORAM  ENVIADOS A TRABALHAR EM UMA FAZENDA DE CAFÉ, DEPOIS DE UM TEMPO FORAM RSGATADOS PELO PADRE ANTONIO SEGANFREDO QUE ERA IRMÃO DE CARLO E FOI BUSCÁ-LOS, TRAZENDO-OS PARA O RIO GRAND EDO SUL ONDE JÁ ESTAVA O OUTRO IRMÃO DE CARLO, GIUSEPPE E LUCIA SEGANFREDO LOVISON
Nome SEGANFREDO Pellegrino - 80 anos

Sobrenome SEGANFREDO

Livro SA-920 pag.: 93

Data 02/05/1897 (Data de entrada na Hospedaria)

Nacionalidade Italiana

Dependentes SEGANFREDO Maria - 69 anos - mulher

SEGANFREDO Carlo - 38 anos - filho

SEGANFREDO Giovanna - 35 anos - mulher

SEGANFREDO Caterina - 14 anos - filha

SEGANFREDO Amalia - 11 anos - filha

SEGANFREDO Maria - 10 anos - filha

SEGANFREDO Cirillo - 8 anos - filho

SEGANFREDO Assunta - 6 anos - filha

SEGANFREDO Lino - 4 anos - filho

SEGANFREDO Livia - 6/12 meses - filha



Embarcação Rio

Microfilme Rolo 04

Localização física Arquivo F - Gav

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O DINHEIRO" PILA" NO RIO GRANDE DO SUL-QUEM DIRIA, A ORIGEM É ITALIANA!

já falecido, este ilustre riograndense ,jornalista, LUIZ PILLA VARES
Luiz Pilla Vares é jornalista, bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais e um estudioso de Política e Filosofia. Mas, acima de tudo, como ele próprio se define, um militante. Socialista e marxista desde o início dos anos 60, começou militando no Partido Comunista Brasileiro, mas logo aderiu às posições de Leon Trotsky e Rosa Luxemburgo, ingressando primeiro no Partido Operário Revolucionário (POR) e depois na POLOP (Política Operária). Foi, juntamente com Erich Sachs, Emir e Eder Sader, Marco Aurélio Garcia, Flávio Koutzii, Raul Pont e outros um dos fundadores do POC (Partido Operário Comunista). Ingressou no PT (Partido dos Trabalhadores) e se tornou presidente municipal do Partido em Porto Alegre. Ligado à área cultural, foi Secretário de Cultura de Porto Alegre nas gestões dos Prefeito Olívio Dutra e Tarso Genro e Secretário de Estado da Cultura no Governo Olívio Dutra. Foi também assessor dos prefeitos de Porto Alegre Raul Pont e João Verle.


pilla-segundo os estudiosos este sobrenome é que deu origem a denominação popular de "pila" para designar dinheiro no Rio Grande do Sul



DA INTERNET 




Origem da palavra PILA.


Pila atualmente é uma comunidade italiana da região do Piemonte, província de Vercelli, com cerca de 114 habitantes. Estende-se por uma área de 8 km2, tendo uma densidade populacional de 14 hab/km2. Faz fronteira com Pettinengo (BI), Piode, Scopello.



Acredita-se que o sobrenome “Pilla” também possa ter origem italiana, já que era um antigo costume na Itália famílias colocarem sobrenomes iguais ao local de nascimento da pessoa. Desta forma tanto o termo PILA que é sinônimo de dinheiro usado no sul do Brasil quanto a origem do sobrenome PILLA possam ser herança da colonização italiana.



A origem do sinônimo “PILA” para dinheiro.

“O termo pila vem de Pilla, que foi um político Brasileiro do estado do Rio Grande do Sul(RS) que segundo consta, em determinada eleição distribuía metade da nota de dinheiro para os eleitores que estavam prestes a votar, na promessa de entregar a outra metade se fosse eleito. Os cabos eleitorais entregavam a metade da nota dizendo o nome do canditato “Pilla”… e este termo para dinheiro chamado de “Pila” foi rapidamente assimilado pelos populares, espalhando-se como sinônimo de “dinheiro”, inclusive em (SC) e depois pelo resto do Brasil, já que muitos gaúchos com o passar do tempo migraram para outros estados do país.”



Fonte: Irmão Elvo Clemente, pró-reitor da PUC-RS, poeta, escritor, membro da Academia Rio Grandense de Letras – Brasil.


ME DÁ UM PILA!
ESTE É UM "PILLA" DE OURO, ADMIRO RAUL PILLA",
SEM FALAR QUE AQUI NO RIO GRANDE DO SUL USA-SE AINDA ESTA EXPRESSÃO PARA DEFINIR "DINHEIRO" -" ME DÁ UM PILA! ME DÁ 100 PILA" GASTEI 100 PILA!




 
Raul Pilla (Porto Alegre, 20 de janeiro de 1892 – 7 de junho de 1973)

Médico, jornalista, professor e político brasileiro, e um dos maiores defensores da adoção do regime parlamentarista, Pilla era chamado de O Papa do parlamentarismo no Brasil.



Pilla ingressou na política em 1909, com apenas dezessete anos, como secretário do diretório central do Partido Federalista do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Posteriormente, afirmaria que se aproximou do partido influenciado pelas idéias de Apeles Porto Alegre, seu professor de história no Ginásio Júlio de Castilhos, adepto do parlamentarismo, uma das principais bandeiras dos federalistas.

Formou-se médico pela Faculdade de Medicina de Porto Alegre, em 1915. Na mesma faculdade foi professor interino de patologia em 1917 e ainda livre-docente de disiologia em 1926, deixando o cargo em 1932.



Em 1922, como membro da Aliança Libertadora, fez parte da campanha de Joaquim Francisco de Assis Brasil para governador do estado, contra Antônio Augusto Borges de Medeiros, do Partido Republicano Riograndense, que tentava sua quinta eleição e a terceira consecutiva. Com a vitória de Borges de Medeiros, Pilla foi um dos líderes da Revolução de 1923, conflito civil entre os chimangos (partidários de Borges de Medeiros) e maragatos (partidários de Assis Brasil).



Em 1928 é um dos fundadores do Partido Libertador, juntamente com Assis Brasil, do qual seria vice-presidente. Em 1929 é um dos criadores da Frente Única Gaúcha, aliança entre os antes adversários PL e PRR, com o objetivo de garantir a eleição de um gaúcho para a presidência da República. O candidato seria Getúlio Vargas, do PRR, então presidente do Rio Grande do Sul. Com a derrota de Vargas eclodiu a Revolução de 1930, da qual Pilla participou ativamente.







No sistema Combat & Evolution, o criador do jogo em homenagem a seu estado de origem, Rio Grande do Sul – Brasil, colocou o nome da moeda corrente usada no jogo de Pila (P$).



Pila não possui plural sendo que uma unidade ou qualquer quantidade da moeda continua a se chamar Pila.





sábado, 15 de outubro de 2011

O DINHEIRO "RÉIS) E AS MOEDAS DE ANTES DO TP ATÉ O TEMPO PRESENTE

DA ENCICLOPEDIA LIVRE



75 réis 150 réis 300 réis 600 réis (o reverso é o mesmo em todas as moedas da série)

Para facilitar o comércio na região das minas, onde os preços eram estabelecidos em função do preço do ouro (1.200 réis para cada 3,586 g. de ouro), foram cunhadas moedas em prata nos valores de 600, 300, 150 e 75 réis. Para diferenciá-las da série das Patacas, devido à proximidade dos valores, foi gravada nova série inicial do nome de D. José I. Ficaram conhecidas como série “J”.





OBSERVAMOS QUE AS PESSOAS COMUNS (DO POVO) CHAMAVAM ESTA MOEDA DE 'MERÉIS!

Esta Moeda só foi trocada no final do governo de GETULIO DORNELLES VARGAS.

-DA INTERNET.HISTORIA DA MOEDA  DO BRASIL

>Aventuras na História


Dos réis ao real: as moedas no Brasil

No Brasil, já usamos açúcar, tabaco e até notas estrangeiras (no século 17, o florim holandês foi fabricado em Recife), além de um sem-número das nossas próprias moedas, que perdiam valor rapidamente. Com base no novo livro Linha do Tempo – Uma Viagem pela História da Humanidade, de autoria da editora de História Cláudia de Castro Lima, conheça os melhores momentos dos cinco séculos do dinheiro em nosso país.

Trocas malucas

Até concha já foi usada por aqui

1500 - Tostão

Ao chegar ao Brasil, os portugueses encontram cerca de 3 milhões de índios vivendo em economia de subsistência. Já os colonizadores usam moedas de cobre e ouro, que têm diversos nomes de acordo com a origem: tostão, português, cruzado, vintém e são-vicente.

Século 16 - Jimbo e réis

A pequena concha era usada como moeda no Congo e em Angola. Chegando ao Brasil, os escravos a encontram no litoral da Bahia e mantêm a tradição. Desde o descobrimento, porém, a moeda mais usada é o real português, mais conhecido em seu plural “réis”, que valeu até 1942.

1614 - Açúcar

Por ordem do governador do Rio de Janeiro, Constantino Menelau, o açúcar é aceito como moeda oficial no Brasil. De acordo com a lei, comerciantes eram obrigados a aceitar o produto para pagar compras.

1695 - Cara e coroa

A Casa da Moeda do Brasil, inaugurada na Bahia um ano antes, cunha suas primeiras moedas de ouro. Em 1727, surgem as primeiras moedas brasileiras com a figura do governante de um lado e as armas do reino do outro, conforme a tradição européia. Os termos “cara” e “coroa” vêm daí.

1942 - Cruzeiro

Na primeira troca de moeda do Brasil, os réis são substituídos pelo cruzeiro durante o governo de Getúlio Vargas. Mil réis passam a valer 1 cruzeiro; é o primeiro corte de três zeros da história monetária do país. É aí que surge também o centavo.

1967 - Cruzeiro novo

O cruzeiro novo é criado para substituir o cruzeiro, que levou outro corte de três zeros. Mais uma vez, isso ocorre por causa da desvalorização da moeda. Para adaptar as antigas cédulas que estavam em circulação, o governo manda carimbá-las.

1970 - Cruzeiro

A moeda troca de nome e volta a se chamar cruzeiro. Dessa vez, porém, só muda o nome, mas não o valor. Ou seja, 1 cruzeiro novo vale 1 cruzeiro.

1986 - Cruzado

Por causa da inflação, que alcança 200% ao ano, o governo de José Sarney lança o cruzado. Mil cruzeiros passam a valer 1 cruzado em fevereiro deste ano. No fim do ano, os preços seriam congelados, assim como os salários dos brasileiros.

1989 - Cruzado novo

Por causa de inflação de 1000% ao ano, ocorre uma nova troca de moeda. O cruzado perde três zeros e vira cruzado novo. A mudança é decorrência de um plano econômico chamado Plano Verão, elaborado pelo então ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega.

1990 - Cruzeiro

O cruzado novo volta a se chamar cruzeiro, durante o governo de Fernando Collor de Mello. O mesmo plano econômico decreta o bloqueio das cadernetas de poupança e das contas correntes de todos os cidadãos brasileiros por 18 meses.

1993 - Cruzeiro real

No governo de Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, o cruzeiro sofre outro corte de três zeros e vira cruzeiro real. No fim do ano, o ministro cria um indexador único, a unidade real de valor (URV).

1994 - Real

Após uma inflação de 3700% em 11 meses de existência do cruzeiro real, entra em vigor a Unidade Real de Valor (URV). Em julho, a URV, equivalendo a 2750 cruzeiros reais, passa a valer 1 real.


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

AQUI A ESCRITURA EM FOTOCOPIA

ESTOU AGUARDANDO ALGUEM DO ARQUIVO HISTÓRICO DE PASSO FUNDO QUE POSSA RESTAURAR ESTE DOCUMENTO.AQUI TALVEZ POSSAMOS LER COM MAIS FACILIADE.
AQUI A ESCRITURA APARECE "SELADA" COM  DOIS SELOS DE MIL RÉIS CADA E QUATRO
 SELOS DE 300 RÉIS CADA.

FOTO DE CORNELIO E LUISA

LUISA FERRI, NASCEU EM  NOVA BASSANO EM 9 DE JULHO DE 1920, FILHA DE CELESTE GIOVANNI FERRI, E PIERINA CECCHIN. IMIGRANTES ITALIANOS
CORNELIO SEGANFREDO, NASCEU EM 13 DE SETEMBRO DE 1915, FILHO DE PELLEGRINO SEGANFREDO E DE CATHERINA SEGANFREDO, IMIGRANTES ITALIANOS
MOSSOS PAIS FORAM AGRICULTORES, SEMPRE MORARAM NESTA PROPRIEDADE QUE FOI COMPRADA DA FAZENDA DOS RIBEIROS, É UM LUGAR MUITO LINDO, TEM ÁGUA, MUITAS AVES, PINHEIROS, UMA NATUREZA EXUBERANTE.

COMENTARIOS RECEBIDOS

Ana Maria, PARABENS pelo teu trabalho. Como é bom ver que nossas pesquisas são reconhecidas. A proposito da musica IL SIRIO, tenho mais uma. Ontem a noite(06/06/2011) foi lançada uma nova versão do IL SIRIO, onde a letra, composta pelo historiador, Leonir Olimpio Rasador, homenageia a passagem dos 63 anos de chegada da família BARBIERI, a Monte Belo do Sul, vinda de Schiavon/VI. ------------ ITÀLIA IN BRASILE QUAND’ DA SCHIAVON I BARBIERI PARTIVANO PER MONTE BELO AL SUO DESTINO. CON GRAN DOLORE LASCIAVAN LA PATRIA CARI AMICI, ADIO CHE IN MERICA VANNO REF. OH ITALIA, OH ITALIA OH TERRA CARA! NEL SUO CUORE SEMPRE RESTERAI. SU L’ ALTO MARE GRAZIE AL SIGNORE LA NAVE GRANDE NON SI SPROFONDÓ TRA I MARINARI LA BAMBINA RINELDA NON’ERA CONTENTA DI LASCIARE L’ITALIA ARRIVA AL BRASILE LA FAMIGLIA BARBIERI PORTANDO SPERIENZE COMINCIÒ NALTRA VITA AL QUARANTAOTTO QUI SONO ARRIVATI PUPÀ E MAMMA E CINQUE FRATELLI LETRA: Leonir Razador


Por Moacir S Dal Castel em Il SIRIO - Cento Anni Fà (1906-2006) em 07/07/11





Oi Ana Maria... Somos Leonardo e Nágila Seganfredo, hoje moramos em Rondonópolis-MT, mas o Leo nasceu em Ciríaco... nossa filha tem o nome da tataravó... Catharina Seganfredo... Leonerdo Seganfredo é filho de Igino Seganfredo e neto de Ermelinda Dalla Costa

Por leonardo em CATERINA E PELLEGRINO SEGANFREDO em 19/02/11

agradeço  a todos, continuem participando, mandando para mim , este trabalho não fazemos sózinhos.façam parte dete blog.

Ao Leonardo, filho do Igino, meu querido primo, fico feliz que colocaram o nome de Catharina na menina....com certeza ela será uma mulher de fibra como foi nossa avò italiana!


eu sei onde era o (el buzo dei bulgari)-  Gelso  , eu fui procurar o TAL BUZO DEI BULGARI, VOCES TAMBEM  CORRIAM POR DENTRO BRINCANDO  QUANDO CRIANÇAS? SEI QUE É ONDE AGORA ESTAVAM PLANTADOS PINHEIROS AMERICANOS, VAMOS VER SE ENCONTRAMOS O EXATO LOCAL ONDE ERA ESTE "BUZO DEI BULGARI?

terça-feira, 11 de outubro de 2011

TRANSCREVEMOS AQUI A ESCRITURA DE CORNELIO SEGANFREDO


Lendo esta escritura destacaremos palavras que de um certo modo  tem relação com Ciríaco no ano de 1938,Cornélio Seganfredo tinha então 23 anos de idade, estava  servindo o Exercito em São Gabriel e pretedia vir morar em Ciríaco onde seu irmão mais velho José Seganfredo já estava estabelecido e tambem casar-se com Luisa Ferri, o irmão dele José já era casado com Elvira Ferri, irmã de Luisa.

A ESCRITURA;

|Livro no.25                                                   Fo.19 ato 1

                                                             Translado


Escritura publica de venda que faz Ignacio Ribeiro de Oliveira e sua mulher D.Maria Joanna Ribeiro a Cornélio Seganfredo, como abaixo se destaca.Saibam todos quantos esta publica escritura de compra e venda  virem que sendo no ano de mil novecentos e trinta e oito , aos trinta dias do mes de julho.do dito ano , neste POVOADO DO CIRÍACO , segundo distrito do municipio de Passo Fundo, Estado do Rio Grande do Sul , em a casa de residencia do Sr. LUIZ BAREA, onde a chamado fui vindo sendo ali compareceram as partes entre si juntas ouvidas e convencionadas, de uma parte  como outorgantes  vendedores Ignácio Ribeiro e sua mulher D.Maria Joanna Ribeiro, CRIADORES  e de outra parte  como outorgado comprador Cornelio  Seganfredo, AGRICULTOR, ambos residentes   e domiciliados neste distrito , conhecidos de mim escrivão distrital  , servindo de notário e das testemunhas ADEANTE nomeadas e assinadas  do que dou fé; perante as QUAES pelos pelos outorgantes vendedores foi dito que por esta escritura e na melhor forma de direito vendiam ao outorgado comprador, um LOTE de terras de cultura com a área de duzentos  e quarenta e dois mil metros m2 situado NA FAZENDA DOS RIBEIROS , neste distrito , na divisas  com a COLONIA CIRÍACO dentro..das confrontações seguintes:  Ao norte por água com os vendedores , Ao sul com a COLONIA CIRÍACO , ao Nascente  por linha seca com os vendedores , Ao Poente com terras de JOSE SEGANFREDO , cujo imóvel acima descrito os outorgantes possuem livre  e dezembaraçados de qualquer  onus, o ouveram por escritura publica de permuta com o casal  de VIDAL RIBEIRO DE OLIVEIRA, cuja escritura lavrada pelo então escrivão deste distrito MÁRIO BRANDÃO em oito de  Abril  de MIL NOVECENTOS E VINTE E SETE transcrita sob no. quatro mil seiscentos e vinte e quatro,pagina duzentos  e cinquenta  e sete  do livro n.tres O.no registro geral de imoveis  deste municipio, em vinte e tres de Março de   MIL NOVECENTOS E TRINTA E DOIS , e que a presente venda   é feita pelo preço CERTO E AJUSTADO DE DOIS CONTOS E QUINHENTOS MIL RÉIS , que neste ato os outorgantes vendedores já receberam em MOEDA CORRENTE   DAS MÃOS DO OUTORGADO   comprador pelo  que lhes dão plena e geral quitação do que dou fé; transferindo ao comprador  desde já  todo o direito, domínio , posse e ação que os outorgantes tinham sobre o imóvel ora vendido, e se obrigam a fazer a presente venda sempre BOA FIRME E VALIOZA , e responder pela evicção e autoria a DEFENDER O COMPRADOR DE DUVIDAS E EMBARAÇOS FUTUROS PARA QUE O MESMO POSSA LIVREMENTE GOZAR E DISPOR COMO SUA LEGÍTIMA PROPRIEDADE QUE FICA SENDO, POR EFEITO DA PRESENTE ESCRITURA,  presente e outorgado  comprador que DECLAROU ANTE AS MESMAS TESTEMUNHAS  ESTAR DE ACORDO COM OS TERMOS DA PRESENTE ESCRITURA.Foram apresentados o conhecimento  de pagamento de imposto de Transmissão Inter- vivos com as certidões  negativas das REPARTIÇÕES FISCAES  da cidade de Passo Fundo que ADEANTE vão  transcritas no. 449, 1.a  VIA IMPOSTO  CENTO E SESSENTA E DOIS MIL E QUINHENTOS RÉIS .T(total)?cooperação QUATRO MIL E CEM RÉIS . Total CENTO E SESSENTA  e dois mil e quinhentos reis.Total cento e sessenta  e seis mil e seiscentos reis.Exercicio de mil novecentos e trinta e oito .Transmissão INTERVIVOS. A folhas  e dos competentes livros  ficam lançados (repete lançados)Oem escritas as quantias acima indicadas ,cujo total cento e sessenta e seis mil e seiscentos réis,, foi pago pelo Sr. Cornélio Seganfredo,conforme guia no quatrocentos e quarenta e nove.Valor dois contos e quinhentos mil reis, coletoria  Estadual de Passo Fundo , vinte de julho  de mil novecentos e trinta e oito.  O exator Oflides O. Paz pelo escrivão L.Ferrer.Certidão;exercicio de mil novecentos e trinta e oito .Certifico a pedido verbal que o Sr.Ignazio Ribeiro de Oliveira nada deve a fazenda do Estado até esta data por esta repartição.Passo Fundo vinte de julho de mil novecentos e trinta e oito. Pelo escrivão L.Ferrer.Estava selada a dita certidão com cinco mil réis  de selos ESTADOAES devidamente inutilizados .Certidão.Certifico em cumprimento ao despacho do Sr. coletor "exator  na presente petição , que revendo os livros talões e mais documentos no corrente exercício não consta ser o requerente Ignácio Ribeiro de Oliveira  devedor de imposto  a FAZENDA NACIONAL, até  esta data no corrente exercício , por esta repartição.E para constar  eu mario Garcia escrivão da COLETORIA FEDERAL em Passo Fundo, passei a presente certidão a vinte de julho de mil novecentos e trinta e oito.Estava selada a dita certidão  com oito mil e duzentos  réis de selos  federal devidamente inutilizados .Certidão;certifico em virtude  do requerido a punho do Sr. Prefeito  Municipal que revendo os livros e documentos desta repartição , verifiquei que o /Sr.ignácio Ribeiro de Oliveira  nada deve até a presente data.Tesouro Municipal de  Passo Fundo , vinte de julho de mil novecentos e trinta e oito.Julio Graeff Hullmann, auxiliar de escrita .Estava selada a dita certidão com cinco mil reis de selos municipal devidamente  inutilizados.Neste ato fiz  ciente ao comprador que o domínio do presente imóvel só lhes é transferido depois que esta escritura estiver transcrita no registro geral  de imóveis.E assim me pediram lhes fizesse esta escritura que lhes li, acharam conforme , aceitaram, outorgaram e assinam, sendo que "arrogo"  da outorgante    Maria Joanna Ribeiro por NÃO SABER LER NEM ESCREVER  assina IZALTINO RIBEIRO DE OLIVEIRA , com as testemunhas:ELIAS PASSARI E ATTILIO BILIBIO , ambos aqui residentes  e conhecidos de mim escrivão distrital que o escrevi e assino.FABRICIO DE OLIVEIRA  PILAR (ASS)IGNACIO RIBEIRO DE OLIVEIRA, IZALTINO RIBEIRO DE OLIVEIRA ,CORNELIO SEGANFREDO, ATTILIO BILIBIO.Nada mais constará em dita escritura que(...)? oficialmente  ......?apresento aqui.Eu, Fabricio R Oliveira Pilar, escrivão distrital conferi com o próprio original .....?

obs:no final fica praticamente impossivel decifrar o que está escrito, mas a escritura mostra dois selos de mil (reis)?} e mais 4 de 300.
FABRICIO DE OLIVEIRA PILAR, CONHECIDO COM O NIKENAME DE "CHINICO"  ERA DE UMA FAMILIA TRADICIONAL DE ESCRIVÃES QUE AINDA TEM REPRESENTAÇÃO EM DAVID CANABARRO (OLIVEIRA)
qbaixo estão os dados do registro  de 25 de maio de 1944 e a assinatura do escrivão de Passo Fundo GONORVAL DE ALMEIDA GUEDES.
Tambem observo que, quanto a Izaltino Ribeiro de Oliveira assinar por D.Maria Joanna , sua cunhada, era comum as mulheres não serem alfabetizadas, pois moravam longe de escolas, ou mesmo naquela época  em que os luso brasileiros chegaram não haviam escolas, algumas mulheres se alfabetizaram  autodidaticamente, mesmo as de descendencia italiana como  Luisa Ferri, era dado prioridade aos  homens o privilegio do ler e escrever.
Notamos palavras escritas graficamente diferentes de como se escrevem no tempo presente assim como :Estadoaes ao invés de Estaduais, QUAES AO INVÉS DE QUAIS.
Notamos tambem que esta escritura foi lavrada na casa do Sr.Luis Barea, que tinha um bar no núcleo urbano do POVOADO  DO CIRIACO, como aqui o escrivão citou, Luis Barea um dos primeiros  moradores do núcelo urbano.
Muitos detalhes, que deixo para serem analisados e compartilhados , esta escritura cita ELIAS PASSARI COMO TESTEMUNHA, NÃO CONSTA A ASSINATURA DELE, PROVAVELMENTE NAO FOI NECESSARIO MAIS. Observamos tambem que o trabalho do escrivão , como não haviam máquinas, nem computadores, este trabalho era minucioso, tendo que, o escrivão passar de livro em livro verificando as condições da área de terra, se  haviam impostos pendentes a níveis MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL.  
Cornelio Seganfredo, aos 23 anos de idade.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A ESCRITURA A "BICO DE PENA"







 


 
Estes documentos precisam ser preservados, aqui está a escritura da compra /venda de terra  no local denominado FAZENDA DOS RIBEIROS.

no proximo post vamos transcrever esta escritura original, que mais parece uma ata.

A ESCRITURA DE CORNELIO SEGANFREDO

Esta é a  carta  lavrada em 25 de maio de1944 em Passo Fundo, onde foi feito o registro(transferencia)  da escritura, o custo do registro foi de DOIS MIL E QUINHENTOS CRUZEIROS(CR$2.500,00).Consta nesta página, já escrita à maquina, já a original, que vamos ver foi lavrada a "bico de pena" .




adquirida no ano de 1938 a escritura foi registrada em 1944. no Município de Passo Fundo
Está  escrito bem embaixo: Escritura pública, lavrada em 30 de julho de 1938 pelo escrivão do CAMPO DO MEIO  , distrito deste Município. 

A informação de meu irmão Aidir(o Martim) é que  nosso pai , Cornélio e o Senhor Ignácio Ribeiro vieram juntos a Passo Fundo e dividiram o quarto do hotel, naquela época demorava-se 4 horas para deslocar-se deCiríaco a  Passo Fundo, por isso precisaram pernoitar para fazer este documento no Registro de Imóveis. E...uma curiosidade: ao deitar-se o Senhor Ignácio Ribeiro  tirou  um revólver e colocou embaixo do travesseiro.!
Mas a familia de Cornelio e Luisa Ferri Seganfredo sempre mantiveram relações cordiais com os luso brasileiros, mesmo porque Luisa chegou de Nova Bassano com apenas 8 anos de idade e suas amigas eram  multietnicas, Ribeiro, Vieira, e tambem , claro as de origem italiana.

Lembramos que as mulheres do campo, pois eram criadores em sua maioria, na época da safra de uva vinham a cavalo visitar a familia e era ofertado a uva , que eles não cultivavam, bem como os Senhores do campo, os criadores, vinham para fazer uma visita e era ofertado vinho.


Estava , claro, em posse do dinheiro da venda. o Senhor Ignacio Ribeiro precaveu-se. Andar armado era um costume usual entre os lusos brasileiros, que participavam das revoluções internas do Rio Grande do Sul, já os colonos usavam espingardas de caça, raramente participaram de conflitos internos, não eram afeitos a isso. Conta-se que na Revolução Federalista (ano de1893/1895)alguns descendentes de imigrantes da Colonia Velha(Caxias,etc...) que se engajaram na revolução  se arrependeram pois esta guerra foi a mais sangrenta, chamada da "época da degola" os revolucionário que lutavam de um  ou outro lado (Os Maragatos x Chimangos) sitiaram  as cidades e como os corpos provisórios eram formados por homens rudes, afeitos as revoluções anteriores, como a Revolução Farroupilha, nem sempre eram controlados pelos seus chefes e em Caxias do sul, conta-se, chegaram a cortar dedos de Senhoras que portavam anéis para roubá-los. 

terça-feira, 4 de outubro de 2011

INFORMAÇÕES AINDA PARCIAIS

UMA CASA ANTIGA
TEMOS ESTAS INFORMAÇÕES, AINDA PARCIAIS, SOBRE SO PRIMEIROS MORADORES DO NÚCLEO URBANO NO INÍCIO DA COLONIZAÇÃO DE CIRÍACO FORNECIDOS POR AIDIR SEGANFREDO, O MARTIM, FILHO MAIS VELHO DE CORNELIO E LUISA FERRI SEGANFREDO. ESTA INFORMAÇÃO É PARCIAL, ESPERO RECEBER OUTRAS INFORMAÇÕES QUE ESTÃO SENDO LEVANTADAS POR TERESA DAROS REGINATO, FILHA DE UM DOS PRIMEIROS MORADORES  DO NÚCLEO.



SEGUNDO  O AIDIR, MARTIM, ELE  LEMBRA  DESTES NOMES/SOBRENOMES ATÉ  MAIS OU MENOS O ANO DE 1949, MAS SEGUNDO OUTRAS INFORMAÇÕES COMENTA-SE QUE O SENHOR JOSÉ DAL PRÁ  FOI O PRIMEIRO MORADOR, PORÉM NÃO ENCONTRAMOS AINDA DOCUMENTOS DE COMPROVAÇÃO.

INFORMAÇÕES E ATIVIDADES QUE EXERCIAM:

1-RAIMUNDO DAROS  ERA  PEDREIRO
2-MANSUETO SPAZZIN ERA FERREIRO
3-LUIZ FERRARESE- SAPATEIRO
4-JOÃO TOMÉ- PEDREIRO
5-CARBONERA- COMÉRCIO
6-GENOEFA( CREIO QUE O NOME DELA SERIA "GENOVEVA" MAS ERA CHAMADA DE "GENOEFA.
7-"MIRO" RONDA, CASADO COM SIBILA DIDONÉ
8-OTÁVIO PASSARI-HOTEL
9-VÍTOR PELETTI-COMÉRCIO
10-ANDRÉ GUADAGNIN-AGRICULTOR, MAS MORAVA NO NÚCLEO URBANO
11-GUIDO BRISTTOT- TAMBEM AGRICULTOR , MAS MORAVA NO NUCLEO  URBANO
12-JOAQUIM RIBEIRO NETO- TINHA UMA SERRARIA ADMINISTRADA POR DOIS IRMÃSO DE ORIGEM GERMÂNICA ALBANO E ARLINDO ARTMAN
13-JOSE SERISOLI, CONHECIDO POR "BORDIN" FILHO DA GENOEFA, SELARIA
14-TREVISOL-COOPERATIVA AGRÍCOLA
15-"NENO" DIDONÉ(OS DIDONÉ ERAM CONHECIDOS POR "CRUDO" AINDA NÃO SEI A ORIGEM DESTE NIKENAME-CREIO QUE O NOME DELE É "EUGENIO"
16-FLÁVIO PIMENTEL, CONHECIDO COMO "QUINO" ESCRIVÃO
17-MORELLO
18-NICOLA BALZAN
19-VERENA
20-JOÃO GUADADNIN
21-GIACOMO GUADADNIN(NÃO ERAM IRMÃOS)
22-JOÃO MASSARO
23-LUIS SIMIONI
24-ARTIDONIO VIEIRA MACHADO-COMERCIO
25-JOSÉ REGINATO-ALFAIATE
26-LUIZ BERTON
27-JOÃO GODOI, ERA REPRESENTANTE DAS FORÇAS DE SEGURANÇA, O QUE CHAMAMOS "POLÍCIA", CASADO COM A PROFESSORA GEORGINA GODOI
28-LUIS BAREA- BAR
29-REGINA TIZZATO, MÃE DE ALCIDES TIZATTO, GENRO DE LUIS BAREA
30-FASOLIN
31-OTÁVIO VIEIRA-REPRESENTANTE DA PREFEITURA DE PASSO FUNDO, A QUAL CIRÍACO PERTENCIA , ELE TINHA PODERES PARA RECRUTAR "CORPOS" PROVISÓRIOS NOS EPISÓDIOS DAS REVOLUÇÕES (CONFLITOS INTERNOS) FREQUENTES NO RIO GRANDE DO SUL ATÉ 1930, MAIS OU MENOS.
32-PEDRO ZAMBOTTO- ERA AGRICULTOR
33-BELTRAME-ERA BARBEIRO
34-JOSÉ MENEGHINI-BAR E SORVETERIA

O NÚCLEO INICIAL CONTAVA AINDA  COM UMA ESCOLA CHAMADA "RUI BARBOSA" LOCALIZADA ONDE ESTÁ A PREFEITURA  NO TEMPO PRESENTE E COM UM HOSPITAL, QUE ERA UMA CASA D EMADEIRA, DE DOIS ANDARES

OS PRIMEIROS MORADORES DO NÚCLEO URBANO DE CIRÍACO

esta é a escritura de LUIS BAREA, UM DOS PRIMEIROS MORADORES DO NÚCLEO URBANO 
Analisando o que está escrito nas primeiras  escrituras de compra de terras na colonização de Ciríaco por descendentes/e/ou imigrantes provindos da COLONIA VELHA' vimos que foi feita  no sistema de "lotes", com um local reservado para que se erguesse a cidade, como foi feito nos moltes da VELHA COLONIA. Isto se refere as 100 colonias ,outras terras  como a de José Seganfredo, Cornelio Seganfredo, foram adquiridas da FAZENDA DO RIBEIROS, ou seja, terras de posse colocadas à venda  pelos descendentes de JOAQUIM RIBEIRO DE OLIVEIRA.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

QUEM FOI ALDO LOCATELLI

Juízo Final e cenas do Dies Irae, teto de São Pelegrino, Caxias do Sul




OS DESCENDNETES DE ITALIANOS OU IMIGRANTES  ITALIANOS  CHEGANDO   AO  BRASIL EXERCIAM OS OFÍCIOS  QUE TRAZIAM NA "BAGAGEM" DA OUTRA PÁTRIA  E  AQUI  EXERCIAM OS  OFÍCIOS DE  QUE  ERAM  CONHECEDORES.


 Locatelli


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.




Aldo Daniele Locatelli (Villa d'Almè, 18 de agosto de 1915 — Porto Alegre, 3 de setembro de 1962) foi um pintor ítalo-brasileiro, de grande importância no cenário artístico do estado do Rio Grande do Sul, onde passou a fase final de sua carreira.



Nascido em família de modestos recursos, não obstante pôde receber uma sólida preparação artística em academias italianas celebradas. Herdeiro das tradições clássicas e renascentistas sistematizadas pela disciplina acadêmica, recebeu também influências maneiristas, barrocas e modernistas. A partir disso criou um estilo figurativo original onde se aliaram expressividade narrativa e monumentalidade, em grandes murais e obras de cavalete espalhados pela Itália e sul do Brasil. Abordou preferencialmente a temática religiosa, decorando vários templos no Rio Grande do Sul, mas deixou obras importantes também no campo do retrato e da cena histórica.


Aldo Locatelli nasceu em uma família humilde do norte da Itália, mas que tinha como valor básico o estudo e como meta a boa formação dos filhos. Desde os dez anos de idade o menino manifestou interesse pela pintura, a partir do contato com restauradores que trabalhavam recuperando obras na igreja local. Esse interesse foi forte o bastante para causar preocupação no pai, que imaginava para o filho um futuro mais próspero do que supunha a arte poder conceder-lhe. Mais tarde Locatelli lembrou que a opção pela arte lhe causara sofrimento, pois pesava-lhe muito desagradar os pais, por quem tinha verdadeira veneração. Mas incentivado pelos restauradores, e permanecendo inabalável, conseguiu, depois de dois anos, vencer a resistência paterna, já que o pai reconhecia que o filho não sabia fazer nada além de pintar. A partir daí dedicou-se inteiramente à sua carreira.[1]



Em 1931 fez um curso de decoração no Curso Livre de Instrução Técnica, ligado à Indústria Andrea Fantoni. Ali teve aulas com o pintor Francesco Domenighini, que lhe proporcionou pela primeira vez contato com obras de grandes mestres da pintura renascentista. Um ano depois foi admitido na Accademia Carrara, de Bergamo, célebre instituição de ensino superior de arte, sendo introduzido no método e filosofia acadêmicos e tendo contato com Conrado Barbieri, diretor da instituição, cujas ideias fascistas teriam influenciado o artista. Nesta época teria produzido muitos estudos de retrato, paisagem e natureza-morta, num estilo ainda incerto e tendendo à estilização. Mas já então seu trabalho se destacava pela sua habilidade em construir cenas complexas e dramáticas. Premiado em 1937 com uma bolsa de estudos para aperfeiçoar-se na Escola de Belas Artes de Roma, aprofundou seus estudos sobre a arte da Roma Antiga e da Renascença, cristalizando uma filiação estética que seguiu por toda a vida.[1][2]



Após sua graduação, aceitou em 1938 um convite de seu antigo amigo Taragni para ajudá-lo na decoração do Santuário de Pompéia, e no mesmo ano, uma encomenda para decoração da igreja de Santa Cruz no vale Brembana, mas não ficou ali por muito tempo. Convocado para o serviço militar, foi transferido para a cidade de Ospedalete, embora conseguisse licenças para visitar museus e galerias de arte da região. No seu tempo livre, produzia obras pequenas, como retratos de seus companheiros e paisagens. No início da II Guerra Mundial foi enviado para Nápoles, e dali partiu para a África, onde participou de várias ações de guerra. Mas poucos meses depois foi dispensado, retornando a Roma e vivendo de pequenas encomendas. Em 1940 foi novamente requisitado pelo Exército italiano, retornando à África. Ferido em batalha, recebeu baixa definitiva. Então retomou as obras em Brembana, que se estenderam até 1944 ou 1945, sendo auxiliado por Emilio Sessa e Andrea Mandelli.[3]



Em 1945 instalou um atelier em sua Villa d'Almè, passando a receber muitas encomendas. Também iniciou um trabalho como restaurador, chegando a recuperar peças das coleções do Vaticano. Em 1946 venceu uma licitação para a restauração da cúpula de uma igreja pontifícia em Gênova, a Colegiada Abacial de Nossa Senhora dos Remédios, bombardeada na guerra. Para realizar a obra, empenhou-se em novos estudos, conhecendo e apreciando a produção de Angelo Landi. Paralelamente, mantinha sua produção de obras de cavalete, enfocando temas do cotidiano popular, naturezas-mortas e retratos.[4]



Em 1948 viajou para o Brasil, a convite de Dom Antônio Zattera, bispo de Pelotas, no Rio Grande do Sul, para pintar a Catedral São Francisco de Paula de Pelotas. Pelotas lutava contra o declínio econômico e cultural, após ter sido conhecida no fim do século XIX até o início do século XX como "a Atenas do Rio Grande" e ter então dominado a indústria do charque, uma das maiores fontes de renda estadual na época. Neste ciclo Pelotas havia produzido um grande pintor, Leopoldo Gotuzzo, que entretanto se mudara ainda jovem para Roma a estudo e depois se fixara no Rio de Janeiro, o centro da vida cultural brasileira. Seu nome permaneceu, porém, lembrado na cidade, e seu sucesso orgulhava os pelotenses. Desde 1918 funcionava um Conservatório de Música, e a partir dele um Instituto de Belas Artes foi fundado em 1927, época em que iniciou a fase de decadência da cidade. Por falta de verbas, em 1937 o Instituto foi municipalizado e voltou a se chamar de Conservatório de Música, suprimindo em seguida os cursos de artes plásticas. Ficara pois um vazio, que Locatelli veio preencher, sendo reconhecido de imediato na cidade como um grande artista por causa do sucesso da sua decoração da Catedral pelotense. Suas eloquentes e grandiosas obras sacras murais foram identificadas pelo público local como um perfeito exemplo do que considerava a "verdadeira arte", e foram elogiadas por Gotuzzo.[5][6]



Na recriação dos cursos de artes plásticas em 1949, agora estruturados numa Escola de Belas Artes nos moldes da Escola Nacional carioca, Locatelli teve atuação destacada desde logo, estando presente como professor do curso preparatório do primeiro ano. A primeira exposição pública de trabalhos dos alunos foi organizada por ele, que também expôs obras suas.[5]



Em 1950 firmou contrato para a decoração da Igreja de São Pelegrino, em Caxias do Sul, e logo sua fama chegou à capital, Porto Alegre, vencendo em 1951 uma concorrência do Governo do Estado para executar um ciclo de painéis no Palácio Piratini. O Rio Grande do Sul, circunstancialmente, atravessava um período de crise e se buscavam símbolos identitários que pudessem mobilizar a população e acender seu civismo. Não surpreende que o tema desse ciclo, instalado na sede do poder político estadual, tenha sido a formação histórica e étnica do povo riograndense, tratado com forte carga emocional e monumentalidade e centrando a atenção nas Missões Jesuíticas, nos Bandeirantes, na criação de gado e no gaúcho, no folclore nativo, na família como unidade social básica, na aventura da colonização e na agricultura.[1]



Ainda em 1951 passou a dar aulas de Arte Decorativa no Instituto de Belas Artes da capital,[7] ao mesmo tempo em que consolidava sua carreira de decorador de igrejas e outros espaços públicos, carreira a que se aplicou incansavelmente até sua morte.[1] Tornando-se conhecido no centro do país, a partir de 1957 executou diversas obras para bancos e empresas particulares de São Paulo, geralmente tratando de tópicos da história e cultura paulistas.[8]



Entre os edifícios religiosos que decorou estão a Catedral de Santa Maria (1954), a Igreja de Santa Teresinha (1957), a Catedral de Novo Hamburgo (1959), a Igreja de Nossa Senhora de Lourdes (1960), e a Catedral de Porto Alegre (obra pequena). Entre os edifícios civis estão a Reitoria e o Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1958), e o antigo Aeroporto Salgado Filho, com obras de caráter histórico ou alegórico. Em Caxias do Sul trabalhou em vários locais, destacando-se os murais do antigo pavilhão de exposições da Festa da Uva (hoje a Prefeitura, 1954) e o que é considerada sua obra-prima: a decoração da Igreja de São Pelegrino, composta por um vasto ciclo de afrescos com vários episódios bíblicos, que lhe custou dez anos de trabalho, e uma Via crucis pintada em tela entre 1958 e 1960, talvez sua criação mais arrojada, que incorpora elementos do Modernismo com que entrara em contato no Brasil.[9]

Locatelli adquiriu uma formação acadêmica, baseada na emulação dos clássicos, cuja tradição na Europa era poderosa e antiquíssima, tendo influenciado ao longo de muitos séculos grandes movimentos culturais no ocidente, tais como o Renascimento e o Neoclassicismo. Toda a metodologia e iconografia acadêmica tinham, pois, uma história antiga e consolidada, e provaram sua eficiência plástica e poder comunicativo reiteradas vezes; obedeciam a padrões fixos numa disciplina rigorosa e tinham propósitos éticos e educativos, cabendo ao artista a imitação criativa do que haviam legado os grandes mestres do passado. Dos clássicos, sistematizados na disciplina acadêmica, aprendeu as regras das proporções, o desenho anatomicamente correto, o uso eficaz da perspectiva, as convenções da retórica figurada, a preferência pelos temas históricos ou religiosos tratados de forma narrativa e grandiosa, as técnicas antigas do afresco e do óleo.[10][1]



Os clássicos e seus herdeiros diretos, como Da Vinci, Mantegna, Masaccio e Rafael, não foram a única influência importante na formação de seu estilo. Também absorveu lições de pintores maneiristas como Michelangelo, aprendendo a aplicar a contração do espaço e o sombreado profundo para aumentar o impacto tridimensional das figuras, e de barrocos como Tiepolo, Rubens e Piazzeta, enfatizando o apelo emocional e o dinamismo na representação e dissolvendo os limites rígidos do desenho renascentista.[1]



Ao chegar no Brasil, especialmente ao ser indicado em 1951 para uma cátedra no Instituto de Artes da UFRGS, em Porto Alegre, deparou-se com uma situação nova. Estava em pleno debate o impacto que causava o Modernismo em sua oposição à tradição acadêmica. O artista não ficou imune à influência moderna, ainda que não tivesse participado ativamente da polêmica, e permanecendo em grande parte fiel ao que aprendera da tradição herdada,[1] soube, conforme disse Altamir Moreira, "desenvolver um tipo de representação no qual intervinha uma distribuição de formas mais particular, ousando, no final dos anos 50, a introduzir na pintura religiosa algumas das inovações modernistas que já vinha desenvolvendo em trabalhos para ambientes laicos". Segundo suas próprias palavras, era um "crítico construtivo" da arte moderna.[10] Em outro momento disse: "Não sou contra a arte moderna. Aprecio a tentativa de quem sabe criar coisas novas, mas só uma arte difícil, uma arte em que a criação estética e emocional seja acompanhada de uma grande técnica e de algum artesanato".[1]



Ao mesmo tempo, se desenvolvia no estado um programa oficial de construção de símbolos de identidade. Buscava-se a criação de imagens capazes de despertar sentimentos cívicos na população, exaltando as conquistas do passado e apontando para um futuro brilhante. Não por acaso foi também a época em que nasceu entre a intelectualidade a figura mítica e romantizada do gaúcho, sintetizando em si as qualidades do guerreiro e do peão, trabalhador incansável e habilidoso nas lides campeiras, de vida espartana, personalidade extrovertida e fogosa, e caráter heróico. Nesse processo, Locatelli participou criando algumas de suas obras mais importantes, como os painéis do Palácio Piratini e do Aeroporto, em Porto Alegre, e o da Festa da Uva em Caxias do Sul, todos tratando de temas históricos ou folclóricos locais.[1][11] O artista estava perfeitamente cônscio das implicações dessa filosofia, aprovando-a ao dizer que "antes de pensar na composição, deveremos considerar que o mural em sua maioria é destinado a um ambiente público. Assim deveremos partir com a premissa de encontrar uma temática que, na idéia ou no motivo, eleve o observador ao clima espiritual ou cívico do ambiente".[1]




Nos painéis do Piratini, Locatelli expressou com perfeição a visão então dominante da história riograndense. Como descreveu Barreto,

"No alto do painel, à esquerda, um garboso oficial lusitano domina montado o conjunto como dominou historicamente aqueles territórios. No centro superior, com as ruínas das Missões como fundo, destaca-se o nativo guarani, de lança à mão, em repouso. Ainda no alto, no canto direito, bandeirantes paulistas e lagunenses penetram o Sul desconhecido. No canto inferior direito, sustentando o conjunto, colonos-camponeses labutam o solo enquanto imigrante amamenta filho nascido na nova terra. A alegoria de Aldo Locatelli sobre as comunidades formadoras do Rio Grande não deixa dúvidas sobre o senhor da terra. O gaúcho aparece quatro vezes e ocupa o centro da composição na figura do domador, a domesticar animal que simboliza a terra selvagem.... A maioria da população rio-grandense acredita que o Rio Grande seja essencialmente produto do esforço do homem livre, luso-brasileiro e, sobretudo, ítalo-germânico. Na superficial e mítica visão geral da população sobre o passado rio-grandense, a contribuição dos africanos e dos afro-descendentes à formação social sulina é desqualificada e ignorada". [11]

Entretanto, no mesmo palácio Locatelli deixou um grande ciclo de pinturas sobre a lenda do Negrinho do Pastoreio, um dos mais conhecidos temas ligados à escravatura no estado. Na obra para a Festa da Uva caxiense, o tema foi a imigração italiana, novamente uma obra de cunho histórico e regionalista.












Nossa Senhora de Caravaggio e a vidente Joaneta, composição mais tradicionalista. Igreja de São Pelegrino

Locatelli também deixou uma obra teórica de grande interesse para o conhecimento de suas ideias. Foi tese de prova para admissão como professor titular, que não chegou a defender e que foi publicada apenas postumamente, já que o artista adoeceu e faleceu logo após terminá-la. Nela, estabeleceu seu método e sua filosofia de trabalho, analisando a pintura mural e de cavalete desde suas origens e explorando seus significados e suas técnicas, relacionando-as também a aspectos de mercado, receptividade pública e educação, a partir de sua bagagem cultural italiana e das novas definições que encontrou no Brasil. No texto disse ter encontrado na História a necessidade do homem manifestar sua "emoção vital", reconhecendo a função expressiva e comunicativa da arte. Declarou que o tema de uma obra é apenas um pretexto, mas torna-se substância ativa quando ilustra uma profunda verdade humana, rejeitando por isso os modismos, o intelectualismo árido e a imitação servil dos velhos mestres, sem abandonar a devoção a uma artesania sofisticada e a noção de haver um propósito educativo de fundo ético para a pintura, conceitos tipicamente acadêmicos. Locatelli em parte repetiu uma condenação do academismo que em sua época já o via como insípido e tedioso, quando não inteiramente anacrônico e defunto. Seu amigo, o escultor Francisco Stockinger, disse que Locatelli se aborrecia com o academismo, mas provavelmente o que ele repudiava era a simples mediocridade de alguns derradeiros êmulos do academismo, e não o método ou a tradição, pois é notório que aproveitou muito deles e ensinou a partir deles, sem deixar de abrir-se para reconhecer também como válida a contribuição dos modernos e das tradições regionais. Delineando seu método pessoal, estabeleceu quatro etapas essenciais da criação: o desenho, a composição - que incluía a escolha do tema, o correto planejamento da ambientação da obra no seu local definitivo e o estabelecimento de sua atmosfera básica -, a construção do ritmo na distribuição das formas, e a escolha das técnicas de execução. [12]


A contribuição de Aldo Locatelli para a pintura no Rio Grande do Sul foi de grande importância, tanto como professor quanto como criador. Assim que chegou ao Brasil sua obra exerceu impacto positivo e foi reconhecido como um mestre. Em Pelotas, o convite que lhe fizera Marina Pires, diretora da nova escola de artes, para integrar o seu corpo docente, fora quase uma súplica, carregada de esperanças de que associada ao nome de Locatelli a instituição frutificasse e concretizasse sonhos de muitos anos, tamanho o respeito que impôs, segundo o relato de Magalhães & Diniz. E de fato, em parte pela contribuição de Locatelli a Escola teve uma importância fundamental para consolidar e modernizar o sistema de artes na cidade, embora novamente tenha enfrentado muitas adversidades por escassez crônica de recursos.[5]



Em Porto Alegre suas aulas formaram gerações de novos artistas, tornando-se apreciado pelo seu caráter amistoso e receptivo e pela liberdade criativa que concedia aos alunos, ao mesmo tempo em que lhes transmitia sólidos princípios técnicos, éticos e estéticos, chegando a se formar uma pequena escola "locatelliana", com Paulo Peres e Clébio Sória seguindo seus passos mais diretamente[13] Na técnica de pintura mural que desenvolvia, Locatelli foi praticamente uma figura isolada no estado, o que aumentava sua projeção, e sua influência sobre a arte gaúcha se tornou tão grande que o crítico Aldo Obino chegou a dizer que o Rio Grande, por falta de concorrência e também pelos inegáveis méritos do artista, sofria um processo de "locatellização".[1]















quinta-feira, 3 de março de 2011

ESCARAMUÇAS NOS PRIMEIROS TEMPOS ENTRE MIGRANTES ITALIANOS E LUSO BRASILEIROS EM CIRÍACO

  Meu pai Cornélio Seganfredo, jovem. Coisas do pai Cornélio Seganfredo Foi assim: Hoje fui até Ciriaco e me informaram que havia falecid...