Em um tempo nem tão remoto_ até os anos 90_ as famílias aparentadas costumavam
trocar fotos de eventos acontecidos e assim as fotos trocadas e guardadas
geralmente em uma caixa de papelão iam escrevendo histórias. Um casamento, uma
comemoração de bodas, até uma morte... Na minha família não foi diferente. Com o
tempo as fotografias iam formando um acervo considerável e era uma atividade
prazerosa quando das visitas de parentes minha mãe ia pegar a caixa de
fotografias, ia tirando uma a uma e ia mostrando e assim iam contando os
acontecimentos ao longo do tempo. " _varda, questa quá lá ze a fiola dea
Terezina, a se ga sposá e a ze ndata al Mato Grosso. E assim iam olhando e
conversando. Meu tio José Ferri , denominado por nós de zio Giuseppe era um
exímio contador de histórias e não raro quando vinha nos visitar trazia algumas
fotos e mostrava " _ varda quá, questa a ze a Norma e questa a Rita e questo quá
son mi! E assim a caixa de fotografias ganhava mais algumas histórias. No tempo
presente ainda costumamos trocar fotos, mas virtuais. Esses dias acompanhamos a
viagem do nosso sobrinho neto Gustavo Ciricato pelo Canadá, deu uma passada nos
EUA...e temos as fotos guardadas em um álbum virtual. As trocas de informações
ainda acontecem, com mais agilidade, mas
null. Um batizado, um casamento,
uma festa... Agora eu sou a guardiã do antigo álbum de fotografias que foi de
minha família, um dia passará para outras mãos, espero. Eu denomino essa prática
como " uma forma de diálogo " em um tempo em que precisamos reaprender a
escutar, trocar informações e dar valor à família .
Ana Maria Seganfreddo
] ] Alvanir, Lorena e Ana Maria Seganfreddo
padres Antonio Seganfreddo, Serraglia, e um grupo de fabriqueiros de Nova
Bassano Padre Antonio Seganfreddo , um tio avô missionário scalabriniano na
Colônia Alfredo Chaves na época em que os imigrantes iam chegando da Itália e se
assentavam na Serra Gaúcha