Minha mãe e suas amigas " brasileiras.
A HISTÓRIA DE CIRÍACO
HISTÓRIA DOS COLONIZADORES
sexta-feira, 12 de abril de 2024
MINHA MÃE E SUAS AMIGAS BRASILEIRAS
terça-feira, 9 de abril de 2024
A CIMBRA
Depois que tivemos conhecimento que "Seganfredo" é um sobrenome de origem cimbra , povo que saiu da Bavária e foi morar nas Sete Comunas de Vicenza fiquei um tanto surpresa mas também encantada buscando dentre meus familiares alguém com características deste povo e surpresa! Os olhos pequenos e azuis de Lorena, o gênio determinado e indomável....é ela...pensei...só ela...tem as características daquele povo guerreiro.
segunda-feira, 8 de abril de 2024
DIAS DE CHUVA
Os dias de chuva me trazem à lembrança boas recordações
Como morávamos na roça somente iamos de manhã tirar leite das vacas, depois o dia se dividia entre a cozinha e a receber visitas dos vizinhos, principalmente tios e primos.Não raro vinha também meu tio Achylles Seganfredo, ele era uma figura imponente, sempre com um largo sorriso.
Nossos primos da descendência do tio José Seganfredo também vinham,
A chuva era como um dia de folga, um feriado, só não tinha reza,
Contando causos e rindo, se fosse inverno a gente botava pinhão para assar na chapa do fogão a lenha,
Conversar e rir... que coisas simples e boas, que hoje não se costuma mais fazer.
Os dias de chuva são feitos agora de solidão!
A SALA DE ESTAR
Quando meu pai resolveu fazer uma casa nova de madeira de araucária eu tinha seis anos de idade.
Era prático em construir casas de madeira , bem espaçosas foi o que capitaneou a construção.
Meu pai e meus primos filhos do tio José Seganfredo também ajudaram e assim a casa nova ficou pronta em poucos meses.
Antes morávamos em uma casa antiga, menor, sem pintura ali a poucos metros dessa.
A casa nova tinha 4 quartos , uma cozinha enorme e duas salas grandes.
Esta próxima à cozinha era bem espaçosa. A outra sala servia para guardar mantimentos como sacos de farinha de trigo , milho e arroz.
Naquela época, década de 1950 a nossa família produzia todos os alimentos necessários para um ano, os grãos, e vendíamos o excedente para o próprio dono dos moinhos.
A agricultura era rudimentar até os anos 70, quando começou a mecanização da lavoura e também um tímido começo de industrialização, como tecidos, sapatos e outros bens de consumo.
A gente ia no comércio da dona Amélia e do sr.Joaquim Ribeiro Neto levava duas galinhas e trocava por açúcar ou sal.Querozene para os lampeões também.
Tinha também o comércio do Bordin e do Campana, mas ali tinha menos produtos.
Dona Amélia era faceira, sorridente, atendia o armazém.O sr.Joaquim Ribeiro Neto era descendente da família Ribeiro, tinham muitas terras de Campo e Mato. Criavam gado.Ele, especificamente explorava dois pinhais grandes, tinha serraria, ali pertinho de onde é agora Muliterno.
Esses fazendeiros eram influentes na política, mas os Ribeiro e os Vieira eram inimigos políticos. Assim era o Rio Grande do Sul na época.
Ao longo dos anos a casa foi sendo mobiliada e pintada por dentro e por fora.Foram colocadas janelas de vidro produzidas pela família Oro.
Na cozinha a gente ficava no inverno, nos dias de chuva, comendo pinhão, tomando mate e recebendo os primos e tios.
Nos dias de chuva a gente não ia trabalhar na roça, só tirava o leite das vacas e ficava dentro de casa.Era como um dia de feriado.
Na sala de estar ficava o rádio de pilhas onde ouvíamos novelas, música e as notícias, inclusive as políticas.
Acompanhamos pelo rádio a Campanha da Legalidade, capitaneada por Leonel de Moura Brizola e também a primeira ida do Homem à lua.
Leonel Brizola era então governador do Rio Grande do Sul e fazia discursos acalorados.Ao fundo ouvíamos uma multidão gritando " paredon, paredon!
Bem, digamos que ele conseguiu adiar o golpe militar de 1964.
A sala de estar era aconchegante e bonita.Meu pai também reunia os vizinhos e parentes para jogar quatrilho.
A Gema Seganfredo trazia as filhas para meus pais ver.Eles eram muito próximos dessa família, a Gema e o Armelindo Alievi.
O tio Achylles e tia Hermelinda.Elvira e José Seganfredo.Elvira era era uma das irmãs maiores de minha mãe e era sua conselheira.
Tinha também o Carlos Marssaro e a Erminia Didoné.
Vinham fazer filó , mais no tempo da vindima, tomar vinho doce...
Além da mesa de jantar tinha o rádio e o nicho de Nossa Senhora de Fátima, onde todas as noites os pais nos reuniam para rezar o terço.
Na sala de estar meu pai recebia os vizinhos, homens criadores de gado, fazendeiros que vinham beber vinho e comprar uva.Minha mãe também recebia as mulheres do campo que vinham comer e comprar uvas.Ana Maria Ribeiro Dihel e sua afilhada chamada Neneca.Vinham todos montados em belos cavalos.
Na sala de estar passamos bons e maus momentos.
Ali também foram veladas minha avó Catterina e minha mãe.
Ali minha irmã Ely sentava para receber o namorado.
Era especial a sala de estar.
Por muitos anos recebemos nossos primos pois a medida que o tempo foi passando também nós e alguns primos nos transferimos para outras cidades.
Nossa prima Ires com o Taceli e os filhos vinham nos visitar e era uma alegria.
Mas como tudo passa agora a sala de estar existe só na minha memória, mas é inspiradora...
Ah...esqueci de contar...
Disseram minha mãe e meu pai que no dia de Todos os Santos, véspera de finados ouviram alguns passos na sala...era o passo do meu falecido avô Celeste Ferri, identificado pelo jeito de caminhar arrastando os pés...
Outro dia lembrarei mais coisas para contar.
Assim passei uma parte de minha vida.
POR DO SOL
O POR DO SOL
Sul do Brasil.Estou eu agora morando em uma cidade de pouco mais de 200 mil habitantes. A casa é confortável. Chegou o Outono. No outono o sol se põe logo depois das 17 horas. Vou contando os dias em que vai chegar o inverno frio.....No sul do Brasil os invernos são frios, às vezes sopra um vento forte, cortante, passa assoviando, cortando a carne, os ossos do vivente que caminha na rua.
Não sei por que, mas os invernos sempre me remetem para o passado, quer seja o passado mais recente ou o mais remoto em que nós sentávamos ao redor da nonna Catterina e ouvíamos “ as histórias da Itália”. Nos meus seis anos de idade Itália era um lugar imaginário onde ela dizia ter nascido.Entre Ciríaco e a Itália havia o mar...o mar que eu ainda não conhecera . Mas como chegara ali , se estava ali conosco, com a nossa família no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Ciríaco? Enquanto ela contava nós íamos entrando em uma espécie de transe, as vilas, as pessoas, o navio, o mar, os tios avós os bisavós iam se formando na nossa imaginação, e, talvez por causa do sangue que corria nas nossas veias, os personagens iam tomando forma e se sentavam ali conosco. Volta e meia um deles tomava o lugar de Catterina, vestida com seus trajes de camponesa italiana e iam eles mesmos contando suas histórias.
domingo, 7 de abril de 2024
O VENTO
Poemeu sobre o vento
VIAGEM ASTRAL
Ana Maria Seganfreddo está em Passo Fundo.
MINHA MÃE E SUAS AMIGAS BRASILEIRAS
Minha mãe e suas amigas " brasileiras. . Tempos passados quem era descendente de imigrante europeu era denominado assim " italia...
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